Por David Graeber
Se uma característica de qualquer momento verdadeiramente revolucionário é o completo fracasso das categorias convencionais para descrever o que está acontecer ao nosso redor, então esse é um bom sinal de que estamos vivendo tempos revolucionários.
Parece-me que a profunda confusão, até mesmo a incredulidade, exibida pelos comentadores dos media franceses e estrangeiros diante de cada novo “acto” do drama dos Gilets Jaunes, que agora se aproxima rapidamente do seu clímax insurreccional, é o resultado de uma incapacidade quase total de levar em linha de conta as formas como o poder, o trabalho e os movimentos de contrapoder mudaram nos últimos 50 anos e, em particular, desde 2008. Os intelectuais, na maior parte das vezes, entenderam muito mal essas transformações.
Ver o post original 1.430 mais palavras
Deixe um comentário