Vladimir Safatle | Publicado originalmente em Carta Capital
A eleição presidencial levou o País a uma situação-limite. Alguns, como meu amigo André Singer em artigo recente, poderiam insistir que a quarta vitória e a alta densidade eleitoral do lulismo demonstram a invalidade dos argumentos que defendem seu pretenso esgotamento. Não seria possível falar em esgotamento do lulismo se ele é capaz não apenas de ganhar eleições, mas também de federar até a quase totalidade das forças políticas de esquerda, como demonstrou o inédito apoio das principais lideranças do PSOL no segundo turno.
Parece-me não se tratar, no entanto, de questionar a força eleitoral do Partido dos Trabalhadores na atualidade e, talvez, por um bom tempo. Trata-se de perguntar qual é sua força real de transformação política e social. Nesse sentido, o termo “esgotamento” significa o colapso do lulismo como força política de transformação. Esse é o ponto que me parece…
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